Aula no chão?

No chão, por que não? Quando vamos viver uma experiência para ser lembrada, todos os sentidos são convidados a participar. No casamento na fazenda a porteira é decorada, o som instalado, o cheiro das guloseimas se espalha e todos se vestem de um jeito diferente. Para o tato tem a dança e o esbarra-esbarra de gente bonita na pista cheia.

No parque de diversões também tem música temática, lixeira disfarçada de bicho e luzes coloridas. Para o tato o giro, a queda, a subida, o movimento radical.

O que temos para o conto da aula de literatura? O que vamos sentir para aprender termologia? Como vamos fantasiar nossa casa para receber mais uma história?

A sala estéril é sempre igual, todos igualmente afastados, distância maximizada, mesmo cenário. No dia a dia não dá para fazer uma festa para cada saber... Mas dá para afastar as cadeiras e assentar no chão de vez em quando! Não precisa ser criança para entrar em uma fantasia. Ali, na subversão do "espaço padrão" podemos fingir tudo.